Uma das fases naturais pela qual indivíduos alcoólatras em processo de reabilitação passam é a abstinência. Na mesma proporção da sua normalidade, ela é também muito difícil.
É nesse momento que muitos dependentes voltam a procurar o álcool se não tiverem a orientação correta. Hoje, você saberá o que é a abstinência, quais as suas características e, o mais importante, como lidar com ela.
O que é abstinência alcoólica e como passar por ela?
A chamada síndrome de abstinência alcoólica é um conjunto de sintomas que se manifestam quando uma pessoa habituada a ingerir álcool constantemente suspende esse consumo. Quando alguém se propõe a passar pelo processo de reabilitação, o primeiro passo normalmente é cortar toda e qualquer ingestão de bebida alcoólica. Como essa mudança acaba sendo abrupta, o organismo se manifesta por meio dos sintomas da abstinência.
O tempo que leva para que os sinais da abstinência apareçam varia muito, dependendo de fatores como o grau de consumo de álcool, há quanto tempo a pessoa é dependente e até características bem pessoais, como a idade e o metabolismo.
Em geral, assim que o indivíduo acorda pela manhã, já percebe os sintomas, por conta da diminuição da concentração de álcool na corrente sanguínea durante o sono.
São muitos os sintomas da abstinência alcoólica, mas os mais comuns são ansiedade, agitação, suor excessivo, alterações de humor, dores fortes de cabeça, alteração na pressão arterial, náusea, vômito, diarreia, taquicardia, confusão mental, alucinações, insônia, fraqueza, ataques de pânico.
Quando não há uma intervenção especializada, os sintomas tendem a se tornar mais intensos e perigosos, incluindo anorexia, convulsões, depressão, podendo até levar à morte.
Como lidar com o quadro de abstinência?
A síndrome da abstinência pode ser diagnosticada por meio de exame clínico, por um médico. O profissional também pode solicitar alguns exames de sangue para saber quais foram os prejuízos que o alcoolismo trouxe para a saúde daquele paciente.
Feito isso, são receitados medicamentos capazes de controlar os sintomas, como anticonvulsivantes e antipsicóticos. Também é comum receitar suplementos vitamínicos, porque é bem comum que indivíduos dependentes apresentem deficiência de algumas vitaminas e sais minerais importantes para o organismo.
Além da diminuição dos sintomas e da prevenção de possíveis complicações na saúde, o tratamento de abstinência alcoólica tem outra função muito importante: reduzir a vontade da pessoa de beber e começar a prepará-la, aos poucos, para continuar a caminhar por conta própria, sem precisar de acompanhamento médico para permanecer longe do álcool.
A internação em uma clínica de reabilitação é muito importante, especialmente quando os sintomas da abstinência são mais intensos. Em um espaço apropriado, o paciente será monitorado o tempo todo, receberá medicação intravenosa (que surte um efeito mais rápido) e terá outros tipos de atendimentos feitos simultaneamente, como a terapia (individual e de grupo), acompanhamento nutricional e outras atividades que ocupem o tempo ocioso, ajudando a afastar o pensamento da bebida.
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