Para entendermos a importância da família no tratamento das drogas precisamos ter bem em mente a definição de uma família.
Família: conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco ou laços afetivos e vivem na mesma casa formando um lar.
A Constituição Federal, em seu art. 226, estabelece que a família é a base da sociedade e deve ter especial proteção do Estado.
Drogas, violência doméstica, gravidez na adolescência, dentre diversos outros fatores, são situações que tem acontecido no seio familiar e infelizmente, vem promovendo a destruição de inúmeras famílias, uma vez que ferem o ambiente, contaminam o lar, acabam com a harmonia e produzem imenso desconforto entre os familiares.
São aspectos de convivência que afligem as famílias e afetam o psicossocial de todos os envolvidos.
Sabe-se que em um ambiente familiar quando um membro sofre, todos sofrem. Dessa forma, quando existe uma pessoa sofrendo com a dependência química, isso se reflete em toda a família e seus relacionamentos.
A família é um sistema orgânico, que deveria funcionar em harmonia, mas que muitas vezes tem sido abalada pelas drogas.
A dependência química não escolhe cara. Não escolhe cor, credo, classe social ou sexo.
Ela simplesmente chega e destrói tudo o que vê pela frente, e isso fortalece ainda mais a importância da família no tratamento das drogas.
Quando isso acontece, muitas famílias optam por isolar o dependente químico, cortar laços e muitas vezes, colocá-lo para fora do lar.
No entanto, apesar de ser uma situação difícil e complicada, é justamente da família que um dependente mais precisa quando chega em uma situação dessas.
O amparo, o apoio, a compreensão, são pontos muito importantes para que o usuário consiga se recuperar da dependência e voltar a ter uma vida digna.
A dependência química é uma doença e precisa de tratamento
A família pode ter fator determinante no tratamento de drogas para que o dependente reconheça que precisa de ajuda.
Às vezes a situação parece tão fora de controle e tão difícil de ser manejada, que o dependente acredita que não existe solução para ele, principalmente se em seu cenário existir o papel do abandono.
Motivos comuns em pessoas se envolvem com drogas
Não são raras as vezes em que um jovem se torna usuário para fugir do contexto familiar em que vive: agressões físicas, verbais, dificuldade sociais, marginalização, fácil acesso às drogas.
Outras vezes, já existe um cenário de abuso de substâncias dentro da própria casa e isso só motiva a utilização pelo filho, que cresce em meio a esse contexto.
Ninguém nasce predestinado ser um usuário de drogas, mas independente da razão que motiva alguém a fazer o uso de drogas, o fato é que a dependência química, constitui uma grave situação social e de saúde pública na sociedade.
Ainda, segundo a Organização Mundial da Saúde, na Classificação Internacional de Doenças (CID 10), a dependência química é caracterizada por ser uma “reunião de sintomas fisiológicos, comportamentais e cognitivos que se propagam após o consumo da droga, por vezes consecutivas (…), o desejo de consumir, bem como a relutância em conseguir controlar o uso, mesmo sendo percebíveis as consequências negativas que a droga irá causar, se torna essencial e prioritária na vida do indivíduo”.
Dessa forma, isso justifica o fato de muitos psiquiatras caracterizaram a dependência química como um transtorno mental, “caracterizado por um grupo de sinais e sintomas decorrentes do uso de drogas.
Esses sinais e sintomas são: compulsão pelo uso da droga; sintomas de abstinência; necessidade de doses crescentes para atingir o mesmo efeito; falta de controle sobre a quantidade do uso; abandono de outras atividades e manutenção do uso, mesmo tendo prejuízos evidentes causados pela droga.
Portanto, três desses sintomas já são suficientes para se diagnosticar a dependência química”, afirma a comunidade médica.
Qual a importância da família no tratamento das drogas
Ora, quando se tem alguém doente na família, com depressão, ou até mesmo com câncer, o que a família faz? Se une em apoio e solidariedade ao ente familiar, para ajudá-lo em sua recuperação. É o “estar pronto”, o “pode contar comigo”, “eu vou te ajudar”.
E por que então, muitas famílias decidem abandonar o seu ente quando este se encontra em uma situação de dependência química?
Não é fácil. Isso é fato. Mas também não é fácil acompanhar um paciente com câncer todos os dias na quimioterapia, ou um paciente transplantado, na hemodiálise. E por que a família se desdobra em várias formas para conseguir manter esse acompanhamento? Porque acredita que as coisas vão dar certo, porque acredita que essa pessoa querida, que agora está sofrendo, vai melhorar, vai se curar, que a vida vai dar certo.
E é exatamente isso que um dependente de drogas em tratamento precisa. Que acreditem nele.
Acreditem que ele vai conseguir vencer essa batalha, que o vício não será maior do que ele.
Que ele tem alguém com a mão estendida, que ele tem para onde voltar, que ele continua sendo amado.
Por isso o papel é tão importante nesse processo de recuperação da dependência química. Chamamos de codependentes aquelas pessoas que possuem uma forte ligação emocional com um dependente químico.
Porque ela sofre na mesma proporção, por meio das preocupações excessivas, ao ter que largar as suas atividades para ajudar esse indivíduo quando precisa, deixando até mesmo de lado as suas preocupações pessoais.
O papel da família no processo de recuperação
Conseguir convencer um usuário de drogas da necessidade de passar uma reabilitação, já é um grande avanço.
A primeira batalha vencida. No entanto, infelizmente, muitas vezes a família não consegue abrir os olhos do indivíduo, tendo que optar por uma abordagem um pouco mais dura, uma internação involuntária e aí, fazê-lo reconhecer que essa atitude foi tomada por amor e preocupação é determinante em sua reabilitação.
É importante que o dependente químico, ao chegar à clínica, entenda que não está sozinho, que não foi abandonado, largado, mas pelo contrário, que esse é o começo de uma nova vida, que tem pessoas lá fora esperando por ele e acreditando nele.
O calor amoroso da família
Certamente, é aí que entra a importância da família no tratamento das drogas. É por meio da família que o adicto terá a motivação para lutar e seguir em frente, para não desistir frente às provas que surgirão.
A família deve servir como um suporte para o dependente em recuperação, e essa, é uma responsabilidade muito grande.
Julgamentos, acusações, vergonha, reprovações, não podem fazer parte da comunicação familiar. Do contrário, isso poderá servir de motivo para a desistência do processo de reabilitação.
O contexto da recuperação é formado em sua maioria pela união da família, amigos e demais pessoas importantes para o usuário.
Dessa feita, esse deve ser um tratamento que não pode ser visto como unicamente direcionado para o dependente.
Mas, a família também precisa de acompanhamento e precisa se tratar, precisa rever os relacionamentos, a própria construção familiar, identificar os gatilhos.
Ou seja, é necessário e importante que família se livre de todo tipo de preconceito, e que direcione o seu interesse na doença, que mostre o interesse na recuperação desse usuário, buscando alternativas para o acompanhamento, formas de melhorar os relacionamentos e as próprias tratativas com esse dependente.
Além de entender o contexto dele, entender suas articulações, atitudes, ações e reações que poderão ocorrer por parte dele nos diferentes e diversos cenários.
Sabe-se que dentro de um sistema familiar, todos estão ligados. Dessa forma, a recuperação e consequente melhora do usuário se reflete na família por completo, gerando mudando positivas para todos os membros.
A importância da família no tratamento das drogas e os revezes
A importância da família no tratamento das drogas, abrange várias etapas de ajuda, no entanto é preciso ter cuidado. Um exemplo disso é a negação.
Negação. É uma das primeiras reações da família. Resistir ou negar. Se enganar que o problema não existe. Fingir que tudo vai ficar bem naturalmente.
Fingir que ninguém é responsável pela situação. Até o momento em que o vício começa a atingir a família de forma generalizada: relacionamentos, dinheiro e saúde.
Enquanto não houver uma aceitação do problema, em que todos reconheçam a necessidade de um tratamento de reabilitação, esse cenário só tende a piorar. Violência, brigas, depressão, suicídio.
A dependência é do usuário, mas para uma plena recuperação, o papel da família é imprescindível.
Dependentes estão fortemente sujeitos a terem recaídas, a querer desistir, duvidam de si mesmos, de suas capacidades, de seu propósito de vida.
Assim, podemos finalizar essa conversa afirmando: família é a base de tudo, é determinante, tem poder para levantar ou derrubar e precisa estar disposta a enfrentar e apoiar os recomeços.
Muito dificilmente um dependente químico se recuperará total e completamente no primeiro tratamento. Serão muitos recomeços e em todos, o papel da família será determinante.
Acima de tudo, aceitar, perdoar, reconhecer, apoiar, suportar.
Essas ações destacam a importância da família no tratamento das drogas. Pode ser a diferença entre uma reabilitação bem sucedida e uma mal sucedida.
A droga não escolhe classe, sexo, cor ou credo. Ela simplesmente chega e devasta.
Não se deve piorar a situação que já está ruim. Ser suporte e estender é o diferencial. O caminho pode ser tortuoso, mas ao final, a vista compensará.
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