Graziella Santoro, em depoimento a Mariana Gonzalez – De Universa
“Desde pequena a bebida sempre esteve muito presente na minha casa. Cresci numa família de alcoolistas: mãe, tios, primos, que, inclusive, estimulavam as crianças a beber, mesmo sendo menores de idade. Eu, por exemplo, provei minha primeira caipivodca aos 14 anos. Meu primeiro copo cheio foi aos 16.
Com o tempo, fui bebendo cada vez mais. Toda vez que eu bebia, eu bebia muito —e não para apreciar o gosto da bebida, mas para ficar doidona, para me desinibir. Eu era muito tímida, tinha vergonha do corpo, de me relacionar com os meninos, então a bebida sempre me serviu como uma forma de me soltar. E sempre andando com pessoas que bebiam tanto ou mais do que eu.